Nasceu em 20 de maio de 1914, na Vila de Tarauacá, Estado do Acre. Foi conhecido como o Poeta do Povo e da Mocidade, pela sua mensagem social e política e por sua obra lírica, impregnada de romantismo moderno, mas às vezes, dramático. Foi um dos poetas mais lidos, e talvez por isto mesmo, o mais combatido do Brasil. Faleceu em 27de Janeiro de 1987.
Trecho de uma entrevista de JG de Araújo Jorge concedida a Carlos Camargo -Manchete, em Porto Alegre no ano de 1969:
CC- O que acha do amor?
JG- É a capacidade de "ser". O homem ama amplamente, e de modo multiforme. Sem amor não se " é ". Ama-se ao próximo como preconizava Cristo há quase dois mil anos: para se somar o mundo. Ama-se " a próxima ..." para a multiplicação...
CC- O que mais lhe agrada na vida?
JG- A vida. Nada há de mais extraordinário. Veja o que disse, neste final de soneto:
"Podes tudo pensar, tudo criares
em histórias e cantos singulares,
o que o sonho não pode, a alma não deve,
e ainda assim hás de ver que não és louco,
que tudo que pensaste é nada e é pouco,
ante o que a própria vida ensina e escreve!"
Ai segue uma de suas poesias. Lí todos os livros. Indico.
Vermelho e Branco
O sangue vermelho
do homem branco,
do homem prêto,
do homem amarelo,
o sangue é vermelho,
é um sangue só.
O leite branco
da mulher branca,
da mulher prêta,
da mulher amarela,
o leite é branco,
é um leite só.
Deus pôs por dentro de homens
e mulheres
de aparências tão diferentes,
uma humanidade só:
- o mesmo anseio, a mesma fome,
o mesmo sonho, o mesmo pó;
o mesmo sangue vermelho,
da côr da vida, da côr
do amor,
e mais:
o mesmo leite branco,
da côr da paz.
(Poema de JG de Araujo Jorge
do livro – Mensagem – 1966 )
http://www.jgaraujo.com.br
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